sexta-feira, 26 de julho de 2013

Anjos Cabalísticos


ANJOS CABALÍSTICOS

Os gregos chamavam os Anjos de DAIMONES (gênio, anjo, ser sobrenatural). A palavra anjo vem do termo grego angelos que significa "Mensageiro".
Cada uma das hierarquias angelicais é regida por um príncipe e tem correspondência com uma letra do alfabeto hebraico:

Aleph, corresponde aos Serafins e o Príncipe é Metatron.
Beth, corresponde aos Querubins e o Príncipe é Raziel.
Ghimel, corresponde aos Tronos e o Príncipe é Tsaphkiel.
Daleth, corresponde às Dominações e o Príncipe é Tsadkiel.
He, corresponde às potências e o Príncipe é Camael.
Vau, corresponde às Virtudes e o Príncipe é Raphael.
Zain, corresponde aos Principados e o Príncipe é Haniel.
Heth, corresponde aos Arcanjos e o Príncipe é Mikael.
Teth, corresponde aos Anjos e o Príncipe é Gabriel.



I HIERARQUIA: Os que mantêm intimo contacto com o criador

Serafins:

Encarregados de transmitir amor aos demais

Príncipe: Metatron. Seu nome em hebraico significa “Rei dos Anjos”. Governa as forças da criação em benefício dos habitantes da Terra. Representa o poder da abundância e da supremacia. Reúne nas mãos o esplendor das sete estrelas. Seu número: 314 (o mesmo da divindades Shaddai.

Lendas hebraicas dizem que Metraton era um humano da sétima geração de descendentes de Adão, Enoch que, por seu comportamento santo e moral reta, não desencarnou ao morrer e sim, caminhou ao lado de Deus para o Paraíso.

Passagens na Bíblia: Isaías 6:2 e Isaías 6:6
Sefirá da Cabala correspondente: Kether.
Astro Regente: Plutão ou Neptuno.

1. Vehuiah 00h00 à 00h20 20/03 - 01/06 - 13/08 - 25/10 - 06/01
2. Jeliel 00h20 à 00h40 21/03 - 02/06 - 14/08 - 26/10 - 07/01
3. Sitael 00h40 à 0lh 22/03 - 03/06 - 15/08 - 27/10 - 08/01
4. Elemiah 0lh à 01h20 23/03 - 04/06 - 16/08 - 28/10 - 09/01
5. Mahasiah 01h20 à 01h40 24/03 - 05/06 - 17/08 - 29/10 - 10/01
6. Lelahel 01h40 às 02h 25/03 - 06/06 - 18/08 - 30/10 - 11/01
7. Achaiah 02h às 02h20 26/03 - 07/06 - 19/08 - 31/10 - 12/01
8. Cahetel 02h20 às 02h40 27/03 - 08/06 - 20/08 - 01/11 - 13/01

Querubins:

Guardas e mensageiros dos mistérios divinos, com a função de transmitir a sabedoria.

Príncipe Raziel: Seu nome em hebraico significa “Segredo de Deus”. Guardião dos mistérios e da originalidade. Reside em Chochmak, o império das idéias puras.

A tradição judaica diz que Raziel entregou a Adão um livro contendo os segredos das ervas medicinais quando este ficou doente.

Passagens na Bíblia: Génesis 3:24, Êxodo 25:18 - 20, Êxodo 25:22, Êxodo 26:1, Êxodo 26:31, Êxodo 36:8, Êxodo 36:35, Êxodo 37:7 - 9, NÚmeros 7:89, I Samuel 4:4, II Samuel 6:2, II Samuel 22:11, I Reis 6:23 - 29, I Reis 6:32, I Reis 6:26 -27, I Reis 6:35, I Reis 7:29, I Reis 7:36, I Reis 8:6, Cronicas 3:11- 12, Salmos 18:10, Ezequiel 9:3, Ezequiel 10:2, Ezequiel 10:4, Ezequiel 10:7, Ezequiel 10:9, Ezequiel 10:14, Ezequiel 28:14, Ezequiel 28:16 e Ezequiel 41:18.
Sefirá da Cabala correspondente: Chochmá.
Astro Regente: Urano.

9. Haziel 02h40 às 03h 28/03 - 09/06 - 21/08 - 02/11 - 14/01
10. Aladiah 03h às 03h20 29/03 - 10/06 - 22/08 - 03/11 - 15/01
11. Laviah 03h20 às 03h40 30/03 - 11/06 - 23/08 - 04/11 - 16/01
12. Hahajah 03h40 às 04h 31/03 - 12/06 - 24/08 - 05/11 - 17/01
13. Vezael 04h às 04h20 01/04 - 13/06 - 25/08 - 06/11 - 18/01
14. Mobahel 04h20 às 04h40 02/04 - 14/06 - 26/08 - 07/11 - 19/01
15. Hariel 04h40 às 05h 03/04 - 15/06 - 27/08 - 08/11 - 20/01
16. Hakamiah 05h às 05h20 04/04 - 16/06 - 28/08 - 09/11 - 21/01

 Tronos:

Recebem as mensagens de Deus e transmitem-nas aos demais anjos de outras ordens.

Príncipe Tsaphkiel (também chamado de Auriel e Cassiel): Seu nome em hebraico significa “Anjo da Noite”. Simboliza as forças criativas em acção. Ajuda-nos a contemplar o futuro
Gosta de reconciliar adversários e mostra o melhor caminho a seguir. Sempre que invocar este anjo, coloque uma boa música para agradá-lo.

Sefirá da Cabala correspondente: Biná.
Astro Regente: Saturno.

17. Lovzah 05h20 as 05h40 05/04 - 17/06 - 29/08 - 10/11 - 22/01
18. Caliel 05h40 às 06h 06/04 - 18/06 - 30/08 - 11/11 - 23/01
19. Leuviah 06h às 06h20 07/04 - 19/06 - 31/08 - 12/11 - 24/01
20. Pahaliah 06h20 às 06h40 08/04 - 20/06 - 01/09 - 13/11 - 25/01
21. Nelchael 06h40 às 07h 09/04 - 21/06 - 02/09 - 14/11 - 26/01
22. Yeiaiel 07h às 07h20 10/04 - 22/06 - 03/09 - 15/11 - 27/01
23. Melahel 07h20 às 07h40 11/04 - 23/06 - 04/09 - 16/11 - 28/01
24. Henujah 07h40 às 08h 12/04 - 24/06 - 05/09 - 17/11 - 29/01

II- HIERARQUIA- Encarregados dos acontecimentos no Universo


Dominações:

Cuidam para que os outros seres celestiais cumpram a vontade de Deus.

Príncipe Tsadkiel (também chamado de Uriel e Saquiel): Seu nome em hebraico significa “Fogo de Deus”. É o anjo que concede inspiração e tem grande sentido de humor. É o príncipe da profecia e da inspiração. Está ligado às artes e ao ensino e ajuda as pessoas a atingirem suas metas, dando-lhes entusiasmo e perseverança.

Sefirá da Cabala correspondente: Chessed.
Astro Regente: Júpiter.

25. Nith-haiah 08h às 08h20 13/04 - 25/06 - 06/09 - 18/11 - 30/01
26. Haaiah 08h20 às 08h40 14/04 - 26/06 - 07/09 - 19/11 - 31/01
27. Jerathel 08h40 às 09h 15/04 - 27/06 - 08/09 - 20/11 - 01/02
28. Seheiah 09h às 09h20 16/04 - 28/06 - 09/09 - 21/11 - 02/02
29. Reiiel 09h20 às 09h40 17/04 - 29/06 - 10/09 - 22/11 - 03/02
30. Omael 09h40 às 10h 18/04 - 30/06 - 11/09 - 23/11 - 04/02
31. Lecabel 10h às 10h20 19/04 - 01/07 - 12/09 - 24/11 - 05/02
32. Vassariah 10h20 às 10h40 20/04 - 02/07 - 13/09 - 25/11 - 06/02

Potências:

Responsáveis pela ordem e elementos da natureza (ar, água, terra e fogo).

Príncipe Camael (também chamado de Samuel): Significa “Ouvido por Deus”. É o anjo que cuida para que seja feita a vontade de Deus, removendo do caminho os obstáculos a esta vontade. É encarregado de receber as influências divinas e transmiti-las aos anjos desta categoria.

Sefirá da Cabala correspondente: Guevurá.
Astro Regente: Marte.

33. Zehniah 10h40 às 11h 21/04 - 03/07 - 14/09 - 26/11 - 07/02
34. Leabiah 11h às 11h20 22/04 - 04/07 - 15/09 - 27/11 - 08/02
35. Chavakiah 11h20 às 11h40 23/04 - 07/07 - 16/09 - 28/11 - 09/02
36. Manadel 11h40 às 12h 24/04 - 06/07 - 17/09 - 29/11 - 10/02
37. Aniel 12h às 12h20 25/04 - 07/07 - 18/09 - 30/11 - 11/02
38. Haamiah 12h20 às 12h40 26/04 - 08/07 - 19/09 - 01/12 - 12/02
39. Rehael 12h40 às 13h 27/04 - 09/07 - 20/09 - 02/12 - 13/02
40. Ieiazel 13h às 13h20 28/04 - 10/07 - 21/09 - 03/12 - 14/02

Virtudes:

Traduzem a vontade de Deus.

Príncipe Raphael: Significa “Cura de Deus”. E o anjo da cura e intermediário do casamento legítimo.

Sefirá da Cabala correspondente: Tiféret.
Astro Regente: sol.

41. Hahahael 13h20 às 13h40 29/04 - 11/07 - 22/09 - 04/12 - 15/02
42. Mikael 13h40 às 14h 30/04 - 12/07 - 23/09 - 05/12 - 16/02
43. Veuliah 14h às 14h20 01/05 - 13/07 - 24/09 - 06/12 - 17/02
44. Yelaiah 14h20 às 14h40 02/05 - 14/07 - 25/09 - 07/12 - 18/02
45. Sealiah 14h40 às 15h 03/05 - 15/07 - 26/09 - 08/12 - 19/02
46. Anel 15h às 15h20 04/05 - 16/07 - 27/09 - 09/12 - 20/02
47. Asaliah 15h20 às 15h40 05/05 - 17/07 - 28/09 - 10/12 - 21/02
48. Mihael 15h40 às 16h 06/05 - 18/07 - 29/09 - 11/12 - 22/02

III- HIERARQUIA

Executam as ordens de Deus.
Estudam e interferem na natureza humana, de forma a realizar a vontade de Deus.

Principados:

Protectores dos líderes da sociedade.


Príncipe Haniel (também chamado de Aniel): Seu nome em hebraico significa “Gloria ou Graça de Deus”. Chefe dos cupidos. Haniel ajuda a resolver todos os problemas de amor.

Sefirá da Cabala correspondente: Netzach.
Astro Regente: Vénus.

49. Vehuel 16h às 16h20 07/05 - 19/07 - 30/09 - 12/12 - 23/02
50. Daniel 16h20 às 16h40 08/05 - 20/07 - 01/10 - 13/12 - 24/02
51. Hahasiah 16h40 às 17h 09/05 - 21/07 - 02/10 - 14/12 - 25/02
52. Imamaiah 17h às 17h20 10/05 - 22/07 - 03/10 - 15/02 - 26/02
53. Nanael 17h20 às 17h40 11/05 - 23/07 - 04/10 - 16/12 - 27/02
54. Nithael 17h40 às 18h 12/05 - 24/07 - 05/10 - 17/12 - 28 e 29/02
55. Mebahiah 18h às 18h20 13/05 - 25/07 - 06/10 - 18/12 - 01/03
56. Poiel 18h20 às 18h40 14/05 - 26/07 - 07/10 - 19/12 - 02/03

Arcanjos:

Executam grandes tarefas e anunciações de Deus.

Príncipe Mikhael (também chamado de Miguel): Significa “Quem é como Deus”. Invocado para coragem, defesa e protecção divina. É o anjo guerreiro, sempre pronto a aparecer em momentos decisivos em que precisamos de vitória sobre qualquer adversidade. É ágil nos assuntos de negócios e competições e é também o general das milícias celestes.

Passagens na Bíblia: Tessalonicenses 4:16 e Judas 1:9.
Sefirá da Cabala correspondente: Hod.
Astro Regente: Mercúrio.

57. Nemamiah 18h40 às 19h 15/05 - 27/07 - 08/10 - 20/12 - 03/03
58. Iealel 19h às 19h20 16/05 - 28/07 - 09/10 - 21/12 - 04/03
59. Harahel 19h20 às 19h40 17/05 - 29/07 - 10/10 - 22/12 - 05/03
60. Mitzrael 19h40 às 20h 18/05 - 30/07 - 11/10 - 23/12 - 06/03
61. Umabel 20h às 20h20 19/05 - 31/07 - 12/10 - 24/12 - 07/03
62. Iah-hel 20h20 às 20h40 20/05 - 01/08 - 13/10 - 25/12 - 08/03
63. Anauel 20h40 às 21h 21/05 - 02/08 - 14/10 - 26/12 - 09/03
64. Mehiel 21h às 21h20 22/05 - 03/08 - 15/10 - 27/12 - 10/03

Anjos:

Levam as mensagens de Deus aos homens.

Príncipe Gabriel: Significa “Força de Deus”. Anjo da Anunciação e da esperança. No Alcorão, ele aparece como o anjo de guarda do profeta Maomé.

Sefirá da Cabala correspondente: Yessod.
Astro Regente: Lua.

65. Damabiah 21h20 às 21h40 23/05 - 04/08 - 16/10 - 28/12 - 11/03
66. Manakel 21h40 às 22h 24/05 - 05/08 - 17/10 - 29/12 - 12/03
67. Ayel 22h às 22h20 25/05 - 06/08 - 18/10 - 30/12 - 13/03
68. Habuhiah 22h20 às 22h40 26/05 - 07/08 - 19/10 - 31/12 - 14/03
69. Rochel 22h40 às 23h 27/05 - 08/08 - 20/10 - 01/01 - 15/03
70. Yabamiah 23h às 23h20 28/05 - 09/08 - 21/10 - 02/01 - 16/03
71. Haiaiel 23h20 às 23h40 29/05 - 10/08 - 22/10 - 03/01 - 17/03

72. Mumiah 23h40 às 24h 30/05 - 11/08 - 23/10 - 04/01 - 18/03




MÉTODO DA CABALA

1. Ao expressar-se a respeito do método da Cabala, disse um dos antigos rabinos que, se desejasse um anjo vir à Terra, teria ele de tomar a forma humana para poder conversar com os homens. 0 curioso sistema simbólico que conhecemos como Árvore da Vida é uma tentativa de reduzir à forma diagramática as forças a fatores não só do universo manifesto como também da alma humana, de correlacioná-los mutuamente a de ordená-los como num mapa, para que as posições relativas de cada unidade possam ser compreendidas, de modo a traçar-lhes as relações mútuas. Em resumo, a Árvore da Vida é um compêndio de ciência, psicologia, filosofia a teologia.
2. 0 estudante da Cabala trabalha de maneira exatamente oposta à do estudante das ciências naturais: este formula conceitos sintéticos; aquele analisa conceitos abstratos. Não é preciso dizer, contudo, que, para se analisar um conceito, ele deve antes ser integrado num sistema. Alguém deve, por conseguinte, ter imaginado os princípios que estão resumidos no símbolo sobre o qual incide a meditação do cabalista. Quais foram os primeiros cabalistas que idearam todo o esquema? Os rabinos são unânimes quanto a esse ponto: foram os anjos. Em outras palavras, foram seres de outra ordem de criação, diferente da humana, que conferiram ao povo eleito a sua Cabala.
3. Para a mente moderna, isso pode parecer uma afirmação tão absurda quanto a doutrina de que são as cegonhas que trazem os bebês. Mas, se estudarmos os vários sistemas místicos à luz da religião comparada, descobriremos que todos os illuminati estão de acordo quanto a esse ponto. Todos os homens a mulheres que tiveram experiências práticas da vida espiritual afirmam que foram adestrados pelos seres divinos. Seríamos muito tolos se negássemos testemunhos tão numerosos, especialmente aqueles de nós que nunca tiveram qualquer experiência pessoal dos estados superiores de consciência.
4. Dirão alguns psicólogos que os anjos dos cabalistas a os deuses e manus de outros sistemas são os nossos próprios complexos reprimidos; outros, de visão menos estreita, afirmarão que esses seres divinos são as capacidades latentes de nosso próprio eu superior. Para o místico devocional, essa é uma questão que lhe interessa muito pouco; ele obtém resultados, e apenas isso lhe importa; mas o místico filósofo, ou, em outras palavras, o ocultista, faz reflexões sobre a matéria a chega a certas conclusões. Estas, contudo, só podem ser entendidas quando sabemos com exatidão o que entendemos por realidade a quando temos uma clara linha de demarcação entre Q subjetivo e o objetivo. Todo aquele que está familiarizado com o método filosófico conhece a dificuldade de estabelecer esses pontos.
S. As escolas indianas de metafísica têm sistemas filosóficos muito elaborados a complexos que procuram definir essas idéias a torná-las concebíveis; e, embora gerações de videntes tenham dedicado suas vidas a essa tarefa, os conceitos permanecem ainda tão abstratos que só depois de um longo curso de disciplina, que no Oriente se chama ioga, toma-se a mente capaz de compreendê-los.
6. 0 cabalista trabalha de maneira diversa. Ele não tenta elevar a mente nas asas da metafísica até atingir o ar rarefeito da realidade abstrata; ele formula um símbolo concreto que o olho pode ver, a com ele representa a realidade abstrata que nenhuma mente humana pode conceber.
7. É esse, exatamente, o mesmo princípio da álgebra. Que x represente a quantidade desconhecida, y a metade de x, e z algo que conhecemos. Se começarmos por fazer experiências com y e descobrirmos sua relação com z, y deixará em breve de ser totalmente desconhecido; teremos descoberto pelo menos algo a respeito dele; e, se formos suficientemente hábeis, poderemos, no final, expressar y nos termos de z, a assim começarmos a entender x.
8. Existem muitos símbolos que são empregados como objetos de meditação; a cruz, na cristandade; as formas de Deus no sistema egípcio; os símbolos fálicos em outras fés. 0 iniciado utiliza esses símbolos como meios para concentrar a mente a nela introduzir certos pensamentos, evocando determinadas idéias a estimulando determinados sentimentos. 0 iniciado, contudo, utiliza de modo diverso o sistema simbólico; ele o utiliza como uma álgebra, por meio da qual é capaz de ler os segredos dos poderes desconhecidos; em outras palavras, ele utiliza o símbolo como um meio de guiar o pensamento no Invisível a no Incompreensível.
9. E como ele faz isso? Utilizando um símbolo composto, porquanto um símbolo unitário não serviria ao seu propósito. Contemplando um símbolo composto como a Árvore da Vida, ele observa que existem relações definidas entre as suas partes. Há algumas partes sobre as quais conhece alguma coisa; há outras sobre as quais pode intuir algo, ou, em outras palavras, a respeito das quais pode ter um "palpite", raciocinando em função dos princípios primeiros. A mente salta de um princípio conhecido a outro conhecido, e, assim fazendo, atravessa as mais diversas distâncias, para falar metaforicamente; é como um viajante no deserto que conhece a localização de dois oásis a que faz uma marcha forçada entre ambos. Ele jamais se atreveria a lançar-se ao deserto partindo do primeiro oásis a desconhecendo a localização do segundo; mas, ao fim de sua jornada, ele não apenas terá conhecido muito mais coisas a respeito das características do segundo oásis, como também terá observado o terreno que se encontra entre ambos. Assim, marchando de um oásis a outro, para frente a para trás no deserto, ele gradualmente o explora; no entanto o deserto é incapaz de sustentar-lhe a vida.
10. Ocorre o mesmo com o sistema cabalístico de notação. As coisas que ele traduz são inimagináveis - e, no entanto, a mente, correndo de um símbolo a outro, é capaz de pensar nessas coisas; e, embora tenhamos de nos contentar em ver através de um vidro esfumado, temos toda razão para esperar que, ao fim, vejamos essas coisas diretamente a as conheçamos por completo, pois a mente humana se desenvolve por meio do exercício, a aquilo que no início era tão inimaginável quanto a matemática para uma criança que não consegue resolver suas contas, chega ao limiar de nossa compreensão. Pensando sobre uma coisa, formamos conceitos sobre ela.
11. Parece verdade que o pensamento se originou da linguagem, não a linguagem do pensamento. Aquilo que as palavras são em relação ao pensamento, os símbolos o são no que respeita à intuição. Por mais curioso que possa parecer, o símbolo precede a elucidação; é por isso que afirmamos, no início desta obra, que a Cabala é um sistema em desenvolvimento, não um monumento histórico. Temos hoje muito mais coisas a extrair dos símbolos cabalísticos do que nos tempos da antiga revelação, pois nosso conteúdo mental é mais rico em idéias. Por exemplo, muito mais rica é hoje para o biólogo a Sephirah Yesod, na qual operam as forças do crescimento a da reprodução, do que o era para o antigo rabino. A Esfera da Lua resume tudo que se refere ao crescimento e à reprodução. Mas essa Esfera, tal como é representada na Árvore da Vida, localiza-se nos Caminhos que conduzem a outras Sephiroth; por conseguinte, o cabalista biólogo sabe que deve haver certo relacionamento definido entre as forças resumidas em Yesod a as forças representadas pelos símbolos consignados a esses Caminhos. Meditando sobre esses símbolos, ele obtém vislumbres de relações que não se revelariam quando se considera apenas o aspecto material das coisas; e, quando ele tenta trabalhar esses vislumbres no material de seus estudos, descobre que aí se ocultam indícios importantes. Dessa maneira, na Árvore, uma coisa leva a outra, e a explicação das causas ocultas surge das proporções a das relações dos vários símbolos individuais que compõem esse poderoso hieróglifo sintético.
12. Cada símbolo, ademais, admite diferentes interpretações nos diferentes planos e, por meio de suas associações astrológicas, pode ele ser referido aos deuses de qualquer panteão, abrindo, assim, novos a vastos campos de aplicação, nos quais a mente viaja sem descanso, pois um símbolo leva a outro numa cadeia contínua de associações, a ambos se confirmam mutuamente, da mesma maneira como os fios de muitos ramos se reúnem num hieróglifo sintético, sendo cada símbolo passível de interpretação nos termos de qualquer plano em que a mente possa estar funcionando.
13. Esse poderoso a abrangente hieróglifo da alma humana a do Universo, graças à associação lógica de símbolos, evoca imagens na mente; essas imagens, porém, não se desenvolvem ao acaso, mas seguem uma linha de associações bem definidas na Mente Universal. 0 símbolo da Árvore é, para a Mente Universal, o que o sonho é para o eu individual - um hieróglifo sintético, oriundo da subconsciência, que representa as forças ocultas.
14. 0 universo é, na realidade, uma forma mental projetada pela mente de Deus. A Árvore Cabalística pode ser comparada a uma imagem onírica que surge da subconsciência de Deus a dramatiza o conteúdo subconsciente da Divindade. Em outras palavras, se o universo é o produto final da atividade da mente do Logos, a Árvore é a representação simbólica do material rude da consciência divina a dos processos pelos quais o universo veio à existência.
15. Mas a Árvore não se aplica apenas ao Macrocosmo, a sim, também, ao Microcosmo, que, como sabem todos os ocultistas, é uma réplica em miniatura daquele. Eis a razão por que a adivinhação é possível. Essa arte tão pouco compreendida a tão caluniada tem por base filosófica o Sistema de Correspondências representado pelos símbolos. As correspondências entre a alma humana e o universo não são arbitrárias, mas surgem de identidades em desenvolvimento. Certos aspectos da consciência foram desenvolvidos em resposta a certas fases de evolução e, por conseguinte, incorporaram os mesmos princípios; conseqüentemente, reagem às mesmas influências. A alma humana é como um lago que se comunica com o mar por meio de um canal submerso; embora aparentemente o lago esteja cercado de terra, seu nível de água baixa ou se eleva com as marés, por obra dessa conecção oculta. Ocorre o mesmo com a consciência humana; existe uma conecção subterrânea entre as almas individuais e a alma do mundo, a essa comunicação se acha profundamente encerrada nos escaninhos mais primitivos da subconsciência, e é por essa razão que participamos do fluxo a refluxo das marés cósmicas.
16. Cada símbolo da Árvore representa uma força ou um fator cósmico. Quando a mente se concentra no símbolo, ela se põe em contato com essa força; em outras palavras, um canal superficial, um canal na consciência, se estabelece entre a mente consciente do indivíduo a um fator particular da alma do mundo, e é por esse canal que as águas do oceano refluem para o lago. 0 aspirante que utiliza a Árvore como seu símbolo de meditação estabelece ponto por ponto a união entre a sua alma e a alma do mundo. Essa união resulta num tremendo influxo de energia para a alma individual, e é esse influxo que lhe confere poderes mágicos.
17. Mas, assim como o universo deve ser governado por Deus, assim também a multifacetada alma humana deve ser governada por seu deus - o espírito humano. 0 eu superior deve governar o seu universo, pois, do contrário, haveria força em desequilíbrio a cada fator governaria o seu próprio aspecto, fazendo estalar a guerra entre eles. Teríamos, então, o domínio dos Reis de Edom, cujos reinos eram forças desequilibradas.

18. Temos, assim, na Árvore, um hieróglifo da alma do homem a do universo, bem como nas lendas que a história da evolução da alma a do Caminho da Iniciação associam a ela.


A ioga do ocidente




 A CABALA MÍSTICA
 A IOGA DO OCIDENTE

1. São poucos os estudantes de ocultismo que sabem alguma coisa a respeito da fonte de onde surgiu a sua tradição. Muitos deles sequer sabem que existe uma Tradição Ocidental. Os eruditos sentem-se perplexos diante dos subterfúgios a das defesas intencionais de que se valeram tanto os iniciados antigos como os modernos para ocultar-se, a concluem que os poucos fragmentos que ainda nos restam dessa literatura não passam de contrafações medievais. Muito se espantariam eles se soubessem que esses mesmos fragmentos, suplementados por manuscritos que jamais se permitiu saírem das mãos dos iniciados, a complementados por uma tradição oral, ainda são transmitidos até hoje nas escolas de iniciação, constituindo a base do trabalho prático da ioga do Ocidente.
2. Os adeptos das raças cujo destino evolutivo consiste em conquistar o plano físico desenvolveram uma técnica ióguica própria que se adapta aos seus problemas especiais a às suas necessidades peculiares. Essa técnica baseia-se na bem conhecida, mas pouco compreendida Cabala, a Sabedoria de Israel.
3. Poder-se-á perguntar por que as nações ocidentais teriam qualquer razão para procurar a sua tradição mística na cultura hebraica. A resposta a essa questão será facilmente compreendida por aqueles que estão familiarizados com a teoria esotérica relativa às raças a sub-raças. Tudo tem uma fonte. As culturas não brotam do nada. As sementes de cada nova fase de cultura devem surgir necessariamente da cultura anterior. Não podemos negar que o judaísmo foi a matriz da cultura espiritual européia, quando recordamos que tanto Jesus como São Paulo eram judeus. Nenhuma outra raça além da judia poderia ter fornecido a base para uma nova revelação, visto que nenhuma outra raça abraçava um credo monoteísta. 0 panteísmo e o, politeísmo tiveram seus dias de esplendor, mas uma nova cultura, mais
espiritual, se tomou necessária. As raças cristãs devem sua religião à cultura judia, assim como as raças budistas do Oriente devem a sua à cultura hindu.
4. 0 misticismo de Israel fornece os fundamentos do moderno ocultismo ocidental, a constitui o fundo teórico com base no qual se desenvolveram os rituais ocultistas do Ocidente. Seu famoso hieróglifo, a Árvore da Vida, é o melhor símbolo de meditação que possuímos, exatamente porque é o mais compreensível.
S. Não é minha intenção escrever um estudo histórico sobre as fontes da Cabala, mas, antes, mostrar o emprego que dela fazem os modernos estudantes dos Mistérios. Embora as raízes de nosso sistema estejam na tradição; não há razão alguma para que esta nos escravize. Uma técnica empregada nos dias que correm é um processo que está em pleno desenvolvimento, pois a experiência de cada trabalhador a enriquece a se torna parte integrante da herança comum.
6. Não devemos necessariamente seguir tais a tais atitudes ou manter tais a tais idéias apenas porque os rabinos que viveram antes de Cristo assim o determinaram. 0 mundo não deteve sua marcha na era dos rabinos, e vivemos hoje uma nova revelação. Mas o que era verdadeiro - em princípio no passado é verdadeiro - em princípio - na atualidade e, por conseguinte, de muito valor para nós. 0 cabalista moderno é o herdeiro da Cabala antiga, mas cabe-lhe reinterpretar a doutrina a reformular o método à luz da revelação atual, caso queira extrair dessa herança algum valor prático para si.
7. Não pretendo que os modernos ensinamentos cabalísticos, tal como os que aprendi, sejam idênticos aos dos rabinos pré-cristãos, mas afirmo que esses ensinamentos são os legítimos descendentes daqueles, constituindo o desenvolvimento natural que deles proveio.
8. Quanto mais próxima estiver a nascente, mais pura será a água do rio. Para descobrir os princípios primeiros, devemos it à fonte-mãe. Mas um rio recebe muitos afluentes em seu curso, a estes não estão necessariamente poluídos. Se desejamos descobrir se a água desses afluentes é pura ou não, basta-nos compará-la com a corrente original; se ela passa por esse teste, da impede que se misture com as águas principais a aumente sua força. Ocorre o mesmo com uma tradição: o que não é antagônico deve ser assimilado: Devemos sempre testar a pureza de uma tradição no que respeita aos
princípios primeiros, mas devemos igualmente julgar a vitalidade de uma tradição por sua capacidade de assimilação. Apenas a fé morta não recebe' fluências do pensamento contemporâneo.
9. A corrente original do misticismo hebraico recebeu muitas adições. A sua culminação ocorreu entre os nômades adoradores de estrelas da Caldéia, onde Abraão, em sua tenda, rodeado pelos rebanhos, ouvia a voz de Deus. Mas Abraão defrontava-se também com um sombrio pano de fundo, em que vastas formas se moviam semidistintas. A misteriosa figura de um grande rei-sacerdote, "nascido sem pai, sem mãe, sem descendência, que não tinha nem princípio nem fim", concedeu-lhe a primeira ceia eucarística de pão a vinho após a batalha com os reis do vale, os sinistros reis de Edom, "que governaram antes que houvesse um rei em Israel, cujos reinos eram forças desorganizadas".
10. De geração em geração, podemos traçar o relacionamento dos príncipes de Israel com os reis-sacerdotes do Egito. Abraão a Jacó por lá passaram; José a Moisés estiveram intimamente associados à corte dos adeptos reais. Quando lemos que Salomão se dirigiu a Hirão, rei de Tiro, solicitando-lhe homens a materiais para a construção do Templo, aprendemos que os famosos Mistérios de Tiro devem ter influenciado profundamente o esoterismo hebraico. Quando lemos que Daniel foi educado nos palácios da Babilônia, aprendemos que a sabedoria dos Magi deve ter sido acessível aos iluminati hebreus.
11. A antiga tradição mística dos hebreus possuía três escrituras: os Livros da Lei e dos Profetas, que conhecemos como Velho Testamento; o Talmud, ou coleção de comentários eruditos sobre aquele; e a Cabala, ou interpretação mística do mesmo livro. Desses três livros, dizem os antigos rabinos que o primeiro é o corpo da tradição; o segundo, a sua alma racional; e o terceiro, o seu espírito imortal. Os homens ignorantes lêem com proveito o primeiro; os homens eruditos estudam o segundo; mas o sábio medita sobre o terceiro. É realmente muito estranho que a exegese cristã jamais tenha buscado as chaves do Velho Testamento na Cabala.
12. No tempo de Nosso Senhor, havia três escolas de pensamento religioso na Palestina: a dos fariseus a dos saduceus, sobre os quais temos muitas informações nos Evangelhos, e a dos essênios, a quem nunca se faz referência. A tradição esotérica afirma que o menino Jesus ben Joseph, na idade de doze anos, foi encaminhado, pelos eruditos doutores da Lei, que 0 ouviram a Lhe reconheceram o valor, à comunidade essênia localizada nas proximidades do Mar Morto, para ali ser treinado na tradição mística de Israel, a que Ele permaneceu nessa comunidade até dirigir-se a João, a fim de receber o batismo no rio Jordão antes do início de Sua missão, empreendida aos trinta anos. Seja como for, o fato é que a frase final do "Pai nosso" é puro cabalismo. Malkuth, o Reino, Hod, a Glória, Netzach, o Poder, constituem o triângulo básico da Árvore da Vida, tendo Yesod, o Fundamento ou Receptáculo de Influências, como ponto central. Quem formulou essa oração conhecia muito bem a Cabala.
13. 0 esoterismo cristão baseia-se na Gnose, que, por sua vez, radica tanto no pensamento grego como no egípcio. 0 sistema pitagórico constitui uma adaptação dos princípios cabalísticos ao misticismo grego.
14. A seção exotérica da Igreja Cristã,organizada pelo Estado, perseguiu a aniquilou a seção esotérica, destruindo-lhe toda a literatura a lutand0 por apagar da história humana a própria lembrança de uma doutrina gnóstica. Registra a história que as termas a as padarias de Alexandria foram fomentadas durante seis meses com os manuscritos retirados da grande biblioteca. Pouco nos restou da herança espiritual da sabedoria antiga. Tudo o que estava acima do solo foi arrancado, e é apenas com a escavação dos antigos monumentos encobertos pela areia que estamos começando a redescobrir-lhe os fragmentos.
15. Só depois do século XV, quando o poder da Igreja começou mostrar sinais de fraqueza, ousaram os homens confiar ao papel a tradicional Sabedoria de Israel. Os eruditos declaram que a Cabala é uma fantasia medieval, pois não lhe podem traçar a sucessão desde os manuscritos primitivos. Mas aqueles que conhecem o sistema de trabalho das fraternidades esotéricas sabem que toda uma cosmogonia a toda uma psicologia podem !0, r ocultadas num hieróglifo que, para o não-iniciado, não tem qualquer sentido. Esses estranhos a antigos diagramas foram passados de geração para geração, e a explicação que os acompanha, transmitida apenas verbalmente, de modo que a verdadeira interpretação jamais se perdeu. Quando existia alguma dúvida quanto à explicação de algum ponto abstruso, recorria-se ao hieróglifo sagrado, e a meditação sobre ele comunicava o que gerações de trabalho meditativo haviam nele infundido. Sabem muito bem os místicos que, se alguém medita sobre um símbolo ao qual a meditação do passado associou certas idéias, tal pessoa terá acesso a essas mesmas idéias, ainda que o hieróglifo jamais lhe tenha sido explicado por aqueles que receberam a tradição oral "da boca ao ouvido".
16. A força temporal organizada da Igreja expulsou seus rivais de~e campo a destruiu-lhes os vestígios. Pouco sabemos das sementes que brotaram a logo foram cortadas durante a Idade Negra, mas o misticismo é inerente à raça humana e, embora a Igreja tenha destruído todas as raízes da tradição em sua alma grupal, os espíritos devotos de seu próprio rebanho redescobriram a técnica da união entre a alma a Deus a desenvolveram uma ioga característica, estreitamente semelhante à ioga Bhakti do Oriente. A literatura do catolicismo é rica em tratados sobre teologia mística que relam uma familiaridade prática com os estados superiores de consciência, embora apresentem uma concepção um tanto quanto ingênua da psicologia desse fenômeno, revelando assim a pobreza de um sistema que não dispõe da experiência fornecida pela tradição.
17. A ioga Bhakti da Igreja Católica só é adequada àqueles cujo temperamento é naturalmente devocional a que descobrem no auto-sacrifício amoroso a sua expressão mais espontânea. Mas nem todos têm esse temperamento, e é uma pena que o Cristianismo não tenha outros sistemas a oferecer aos seus devotos. 0 Oriente, por ser tolerante, é sábio, a desenvolveu vários métodos ióguicos. Cada um desses métodos pode ser seguido com exclusão dos outros, sem que para isso tenha de negar aos outros métodos o valor como meio de acesso a Deus.
I8. Em conseqüência dessa deplorável limitação de nossa teologia, muitos devotos ocidentais recorrem a métodos orientais. Para aqueles que são capazes de viver em condições orientais a trabalhar sob a imediata supervisão de um guru, essa escolha poderá revelar-se satisfatória, mas ela raramente dá bons resultados quando esses mesmos devotos seguem vários sistemas sem outra supervisão além da de um livro a sob as condições que regem a vida no Ocidente.
19. É por essa razão que recomendo às raças brancas o sistema tradicional do Ocidente, pois este se adapta perfeitamente à sua constituição física. Esse sistema produz resultados imediatos e, quando praticado sob a supervisão adequada, não afeta o equilíbrio mental ou físico - como acontece com desagradável freqüência quando se utilizam sistemas impróprios - e ainda estimula uma excepcional vitalidade. É essa vitalidade peculiar dos adeptos que deu origem à tradição do "elixir da vida". Conheci várias pessoas em minha vida que mereciam o título de adepto, a sempre me surpreendi com a extraordinária vitalidade que exibiam.
20. Por outro lado, só posso endossar o que todos os gurus da tradição oriental sempre afirmaram, ou seja, que qualquer sistema de desenvolvimento psico-espiritual só pode ser seguido adequadamente a em segurança sob a supervisão pessoal de um mestre experiente. Por essa razão, embora me proponha a fornecer nestas páginas os princípios da Cabala mística, não creio que seja prudente dar também as chaves de sua prática, mesmo que, pelos termos de minha própria iniciação, eu não estivesse proibida de faze-lo. Mas por outro lado, não considero justo para com o leitor comunicar-lhe informações erradas ou deformadas. Assim, na medida de meus conhecimentos a de minha crença, posso afirmar que as informações dadas neste livro são exatas, ainda que, em certo aspecto, incompletas.

21. Os Trinta a Dois Caminhos Místicos da Glória Oculta são sendas da vida, a aqueles que desejam desvendar-lhes os segredos não têm outra saída senão trilhá-los. Assim ~o eu própria fui treinada, todos os que desejam sujeitar-se à disciplina devem fazê-lo, a eu indicarei com prazer o caminho que todo aspirante sério deverá seguir.


O que é Cabala?


A "Cabala" é uma filosofia esotérica que visa conhecer a Deus (D'us) e o Universo, sendo afirmado que nos chegou como uma revelação para eleger santos de um passado remoto, e reservada apenas a alguns privilegiados.

É a mais antiga sabedoria espiritual que existe sobre a Terra. Como começou? Como se relaciona com a religião?
O primeiro cabalista de que se ouviu falar foi o Patriarca Abrahão. Todos sabemos que ele foi um judeu, mas além de judeu também foi fundador de todas as religiões que acreditam em um único Deus, e é evidente que este é um título muito importante! Podemos dizer a respeito da Abrahão que ele era um homem muito simples, e fazia perguntas muito simples, mas muito profundas. Todos temos perguntas sobre nós mesmos, sobre nossos problemas, sobre a nossa vida, e também sobre Deus. Assim, Abrahão tinha o mesmo tipo de pergunta que todo ser humano tem.

Quem é Deus? Onde Ele está?...
Abrahão tinha essas perguntas. A diferença é que ele não desistiu até que recebeu a resposta correta. Ele sabia que as respostas verdadeiras não estavam no mundo físico, mas também na sua mente, sabia que tinha que transcender sua forma física, deste mundo físico, para receber as respostas às suas perguntas.
Quando obteve sucesso, ele passou a contatar o nível que podemos chamar agora de Consciência Cósmica. É bonita essa palavra. Usar a palavra Deus é problemático, porque fomos educados a temer a Deus, obedecer suas leis, que Ele estava muito longe daqui, e a não fazer muitas perguntas a Seu respeito.
Normalmente ocorre que alguns acreditam que Ele exista, outros que não exista. Mas os que acreditam, será que O viram? E os que dizem que não existe Deus, será que O mataram, para agora dizer que Ele não existe? A Cabalá não trata disto.

Consciência Cósmica é um termo útil; mas na verdade ele apenas descreve Deus de outra forma, com outras palavras. O que Abrahão viu, ou se conectou em nível espiritual, foi com essa Consciência Cósmica; é um conhecimento universal que conecta todos os seres humanos num mesmo Ser Essencial. Porque neste mundo físico somos todos diferentes e separados uns dos outros, e podemos até roubar, lutar e matar-nos. Porque? Porque nos sentimos diferentes uns dos outros. Mas se avançarmos numa certa sabedoria cósmica e compreendermos que somos um ser universal, isso logicamente não acontecerá mais.
Essa é a unidade que Abrahão sentiu e revelou durante sua vida. Obviamente que essa unidade não existe na nossa forma física; somente numa dimensão espiritual.

A Cabalá fala de uma dimensão espiritual onde todos os seres são um: isso é chamado Consciência Cósmica. Segundo a Cabalá, esse é o Deus invisível, que viemos buscando há eras. Quando Abrahão tentou explicar esse conceito a seu pai, foi difícil aceitar: seu pai era idólatra: pessoa que se curva diante de figuras de ídolos de madeira, metal ou outro material. O que ele lhe disse? ‘Você espera que eu acredite num Deus que não posso ver? que não posso sentir? que não posso vender?’ (porque a casa de Abrahão era repleta de ídolos, pois seu pai era mercador de ídolos, sendo assim, muito lucrativo ser idólatra!) Hoje mesmo acontece algo assim quando nos aproximamos das pessoas e começamos a falar sobre espiritualidade e ouvimos ‘por favor não fale de espiritualidade para mim pois sou uma pessoa racional e só acredito nas coisas que eu posso ver, sentir ou que posso vender’. Da mesma maneira, pode-se encontrar que a idolatria seria o que hoje chamamos materialismo. Há muita gente que diz: ‘eu acredito no poder do dinheiro’, sim, ele tem um grande poder!

Porém a Cabalá vem e fala de algo que existe além do mundo material. Após 4 mil anos depois de Abrahão chegou um tempo que nós seres humanos precisamos libertar-nos do mundo material, desse materialismo e aceitarmos a espiritualidade. A consciência humana mudou pouco nesse tempo. Há progresso na ciência e tecnologia, mas será que nos desenvolvemos sob o ponto de vista espiritual? Será que somos seres humanos melhores do que as gerações anteriores? Não, não somos nem melhores nem piores que outras gerações.
Mas, será que a Cabalá contradiz a ciência e a tecnologia?
Não, logicamente a Cabalá não é contra a tecnologia e nem contradiz a ciência.
A ciência agora fala de metafísica, que significa “além da física”. Agora a ciência está chegando ao ponto, ao nível, do qual Abrahão já falava há 4 mil anos. A ciência fala a respeito de um mundo de energias; estamos começando a conhecer através da ciência esse novo mundo. No entanto pode-se chamar na maneira física de energia ou espiritualidade, que se trata da mesma coisa. O mundo da metafísica é semelhante à espiritualidade. Então podemos nos dar conta que o ciclo entre Cabalá e ciência está finalmente se fechando!

E a religião? A Cabalá é baseada na religião?
Esta é uma questão delicada. Definitivamente a Cabalá se relaciona com a Bíblia, com o Velho, com o Novo Testamento, e com textos sagrados de todas religiões: é uma sabedoria cósmica e pertence a todas as nações, sem diferença de religião, raça, nacionalidade ou qualquer outra separação.
A pura Cabalá é universal e pertence a todos os seres humanos. O problema com a religião não é a religião... mas sim com as pessoas que a usam erradamente, que a explicam baseados na fé cega, no medo, usam o nome de Deus, Alá ou Jesus para se matarem, utilizam-na para justificar atos de fanatismo, atentados ou suicídio coletivo em nome de Jesus ou Alá.

O que se vê através da história é que os cabalistas eram pessoas diferenciadas. Eram ligadas com o espiritual, com a mensagem Bíblica; transcenderam sua forma física e conectaram-se com a sabedoria cósmica universal. Mas para alcançar essa consciência cósmica tiveram que se purificar de todas as doenças dos seres humanos, não das doenças físicas, mas das “mentais”: ódio, inveja, autodestruição e a destruição dos outros. Avançaram no preceito que todos nós aceitamos e respeitamos que é “amarás ao teu próximo como a ti mesmo”. Todos nós aceitamos essa frase como um título. Mas pôr em prática no dia a dia não é fácil.

Esta é a principal e a única condição que toda pessoa deve passar para poder aprender Cabalá. Isto não se alcança de repente; mas, no momento que se aceita esse preceito e se passa a usar diariamente, os portões da Cabalá se abrirão.
Pode-se ler livros e livros sobre Cabalá e ser uma pessoa culta, até um professor no assunto, mas sem a prática diária não se alcança a sabedoria. Nosso propósito no Centro de Cabalá é aprender a teoria da Cabalá e também a cada pessoa se estimula praticar esse preceito.
Ser espiritualizado não significa ser pobre e sem dinheiro; não significa que não se trabalhe, que não tenha família e não possa ter uma vida boa. Ser uma pessoa espiritualizada significa ser capaz de transformar a grande sabedoria, de trazer a grande sabedoria para o nosso dia a dia e, às vezes até, atravessar uma mudança espiritual.
Retornando ao Patriarca Abrahão. Depois de revelar a Cabalá, escreveu um livro, chamado o Livro da Formação, que contém todos os segredos do universo em apenas três páginas. Foi escrito em hebraico. Todos os segredos do universo em apenas três páginas, como isso é possível? Todas demais páginas do livro são explicações e explicações sobre estas três páginas. O exemplo é muito simples: é o exemplo, a explicação da semente.


A Cabalá é a semente de toda sabedoria do universo. Dentro da Cabalá está tudo aquilo que queremos saber: contém a Ciência, a Medicina, a Psicologia, a Parapsicologia, Metafísica, Astrofísica e, existe uma outra dimensão, que trata de Reencarnação, Meditação e Astrologia. Portanto você tem tudo sobre a vida de uma só vez.

Existem pessoas que se conectam com os galhos e têm uma visão de mundo de um modo separado. A Cabalá dá uma visão holística da vida. Ensina algo importante: que em vez de resolver o problema pelo galho, vamos à semente, que inclui tudo.
O Livro da Formação é a semente; todo o  conhecimento em 3 páginas. Demorou para que fosse compreendido, porque seu conhecimento está em código, tal como na semente há o DNA. Até que há 2.000 anos o Rabino Shimon Bar Yochai, sábio talmúdico, além de escrever comentários sobre o Talmude, também recebeu o Zohar, o Livro do Esplendor. O Zohar é a chave para compreender a semente: o Livro da Formação. O Zohar está contido em 24 volumes, escritos em aramaico. A tradução em hebraico foi feita pelo fundador do Centro de Cabalá, há 80 anos. Seguiu a profecia do próprio Rabino que escreveu o Zohar, que previa que viria uma era, numa nova geração, em que todos iriam procurar por esta sabedoria.


Guia Essencial da Bruxa Solitária - Scott Cunningham

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Cunningham apresenta um sistema completo para o praticante solitário atingir um relacionamento mágico com a energia vital do universo. Escrito de maneira simples e acessível, integra tanto as artes mágicas quanto os aspectos religiosos da Wicca. Excelente para os neófitos. Dá uma base muito boa sem misticismos, sem incrementos impossíveis, ensinando a wicca da forma que ela realmente é.






Enciclopédia de Cristais, Pedras Preciosas e Metais - Scott Cunningham

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